Culpado
Um nervoso indesmentível tomava conta dele sempre que tinha de falar em público. A sala já estava composta e poucos eram os lugares por ocupar. Tinha escrevinhado um pequeno discurso num bloco preto. Sentou-se e no vazio ouviu o discurso balsâmico da representante da editora. Quando se preparava para falar, levantou-se uma mulher com o seu livro na mão. Aproximou-se e, de forma surpreendente, pregou-lhe um valente estalo na cara e disse: – Ela não devia ter morrido...