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A mostrar mensagens de agosto, 2015

No precipício de uma folha em branco...update e livro físico disponível para encomenda

Caros amigos, Fica aqui o ebook, agora completo com todas as minhas crónicas. Para quem desejar o livro físico, informo que estará disponível para encomenda.

Férias sem Passadiços

Consegui passar umas longas férias sem percorrer os Passadiços do rio Paiva. Não sei como consegui. Ufa! Para alguns parece que a natureza nasceu hoje, na forma de umas ripas de madeira. Sei que a paisagem é fantástica (por quanto tempo?); não tenho qualquer dúvida disso pois já a conheço. O problema é levar milhares de seres para um ecossistema, seja ele qual for, e esperar que não haja consequências. Sou amante da natureza, mas não com o bicho humano lá dentro. Este, ao contrário dos outros não é de confiar! Venha a chuva para que a turba volte para os shoppings Já sabem sobre o que será a minha próxima crónica! João Cunha Silva

Crónicas antigas - A Mesa Do Café Da Rua 38

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A Mesa Do Café Da Rua 38  Todas as manhãs o mesmo ritual. Obedecendo fielmente a uma sucessão de movimentos cristalizados pela repetição e pela ordem. Um rito…uma oferenda a um Deus maior. Passo a passo, mecânico, numa mnemónica aprendida num tempo ou então no seu templo. Entrava; sentava-se; pousava o chapéu na mesa; pedia o café com um gesto seco; agitava de forma também maquinal a saqueta do açúcar. Pegava na colher e mexia o café somente duas vezes, como se no seu íntimo não desejasse uma dissolução completa e secretamente procurasse o prazer final do açúcar restante. No entanto, não me lembro de o ver pegar na chávena para beber. A partir daí, desligava a corrente do real, como se entrasse numa outra dimensão. E eu com ele. Todo ele absorto, indiferente à vozearia das restantes mesas e ao meu olhar fixo e pouco dissimulado. Abria o caderno preto de modo cerimonioso, olhava por momentos pela janela, não parecendo importar-se com o seu próprio reflexo que turvava a realidad

Crónicas antigas - Um brilho no escuro – TP - 13/12/2013 (publicado pela altura da morte de Nelson Mandela no Jornal Tribuna Pacense

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Um brilho no escuro – TP - 13/12/2013 Acordou de noite sobressaltado, ouvindo uma voz sussurrada ao fundo, não conseguindo identificar, ao certo, a sua origem. - Tu mudarás o Mundo! Não acreditou muito naquela voz, pois como seria possível uma pessoa mudar o Mundo, principalmente uma criança que vivia num país tão complicado, a quem nem o nome original lhe deixaram ficar. O seu país, lá para os lados do Sul da terra mãe, levava as cores muito a sério e viviam todos separados de acordo com a cor que nasciam. Haviam cores, que eram tratadas de modo privilegiado, como se fossem mais importantes do que outras. A cor da pele era sinónimo de riqueza e quanto mais escura, menos importante se tornava. Os serviços públicos também eram diferenciados pela cor dos seres humanos e mesmo os lugares dos autocarros eram também ocupados de acordo com a cor da pele: quanto mais escuro, mais atrás se tinha de sentar. Havia mesmo grades a separar aqueles mundos de cores diferentes. «Que est

…a realidade e a ficção (27/08/2015)

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É cada vez mais difícil distinguir o que é a realidade do que é ficção. O que era realidade transforma-se em ficção e o que parecia ficção transforma-se assustadoramente em realidade. Para quem escreve isto é verdadeiramente um desassossego: pensamos que estamos a criar algo novo e somos subitamente acordados com a realidade, uma realidade suficientemente parecida com que imaginamos, de modo a mandar o que escrevemos para o lixo. A ficção é a verdade assente na mentira, isto é: o possível e verosímil daquilo que simplesmente não é verdadeiro. Não tenho um crocodilo como animal de estimação, mas se tivesse teria de criar o seu espaço, teria de o alimentar, passear, e entretanto … esperar não ser comido. A imaginação só têm rédea solta até certo ponto; há sempre uma âncora que nos prende aos nossos valores e vivências e que por isso nos limitam. A ficção assenta assim em algo que apesar de não ser real, poderia muito bem ter sido ou poderá ainda ser, caso se verifiquem determinados par

No precipício de uma folha em branco...crónicas

Agora conto eu… A realidade e a ficção! - Publicado no Gaia Semanário 27/8/2015

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Caros amigos, Aqui fica uma parte da minha crónica no jornal GaiaSemanário! Se não encontrarem o jornal avisem-me! "É cada vez mais difícil distinguir o que é a realidade do que é ficção. O que era realidade transforma-se em ficção e o que parecia ficção transforma-se assustadoramente em realidade. Para quem escreve isto é verdadeiramente um desassossego: pensamos que estamos a criar algo novo e somos subitamente acordados com a realidade, uma realidade suficientemente parecida com que imaginamos, de modo a mandar o que escrevemos para o lixo. (...)" Obrigado por acompanharem! JCS

Agora conto eu… Ensaio sobre o absurdo! - Publicado no Gaia Semanário 13/8/2015

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Agora conto eu… João Cunha Silva Publicado no Gaia Semanário 13/8/2015 Ensaio sobre o absurdo! Uma das piores coisas que nos pode acontecer é imaginarmos uma situação absurda, (ou nem sequer a conseguir imaginar, de tão absurda), e passado algum tempo sermos confrontados com essa mesma realidade. Não há nada pior para o nosso ego! Por um lado revela que a nossa imaginação é muito limitada, e que os nossos horizontes são de alguma forma curtos; por outro lado revela que não estamos bem enquadrados com o mundo em que vivemos e que há toda outra realidade que nos ultrapassa e o que nos parece absurdo, afinal não é assim tanto. São vários exemplos de absurdidades que me lembro para ilustrar esta situação. Se perguntassem a qualquer contemporâneo da segunda Grande Guerra que 6 000 000 (seis milhões) de pessoas seriam mortas de forma industrializada, todos achariam absurdo; no entanto aconteceu; pela mesma altura se perguntassem às mesmas pessoas se algum dia seriam lançadas bom

Vai nascer um livro!

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Caros amigos, Inicia hoje a campanha de recolha de patrocínios para publicação do livro "Alex e as formigas navegadoras" que será lançado a 24 de outubro deste mesmo ano.Todos estão convidados a participar. A procura de patrocínios é em primeiro lugar dirigida a organizações e empresas, mas está aberta a pessoas individuais. O patrocínio far-se-á de forma muito simples: é cedido um espaço da página inicial do livro em troca da compra de um número estipulado de livros, conform e exemplificado na imagem. Lembro que o livro terá distribuição nacional e por isso será uma boa forma de publicitar a vossa empresa ou organização. Agradeço a todos os meus amigos que partilhem esta informação com possíveis interessados. Para mais informações enviar email para joaocunhasilva@gmail.com, ou enviar mensagem privada. Não basta sonhar e nem basta escrever; há sempre aquela parte chata que é fazer acontecer (isto até rimou). Embarquem comigo, com o Alex, o Simão e o Guarda-rios nes