Rio de mim
Transborda
o rio, transbordo eu
Que
não rio,
Não
te seguro nas minhas margens:
Água
à solta, bravia;
Sem
clausuras; aleatória e imprevisível.
Foges
dos meus braços e eu fraco
Não
te sustenho.
És
corrente,
és
onda,
És
maré,
És
torrente soprada pelo vento em todas as direções.
Só
posso largar, desistir,
Também
solto amarras
E
sujeito-me à vontade que não minha.
Algum
porto ou alguma praia me acolherá.
JCS/2013
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