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Tales of a Strange Nature Butterpotomus João Cunha Silva © João Cunha Silva This story is not yet famous, But caught me in the eye, The tale of Butterpotomus, A hippo that could fly.     ... The End
Tales From a Strange Nature The Monkeyraffe João Cunha Silva © João Cunha Silva T his is a story that, You haven’t surely heard: It’s not about a cat; It’s not about a bird. ... Ver mais em: joaocunhasilva.wix.com/joaocunhasilva
Passei por ti… Passei por ti e tu, triste olhavas para tudo, olhavas para nada. Sentada nessa soleira, Calcada, suja, gasta… Essa soleira… metáfora de ti própria, Que todos calcam, Que todos sujam, que todos gastam... local de passagem, Nunca destino, nunca paragem. Em ti, foi a mim que vi: olhos ocos, vazios despojados de tudo apenas cheios de nada, Sou como a soleira onde te sentas, não sou destino, não sou paragem, apenas poiso de bicho faminto, um lugar de passagem. João Cunha Silva /2013
Rio de mim Transborda o rio, transbordo eu Que não rio, Não te seguro nas minhas margens: Água à solta, bravia; Sem clausuras; aleatória e imprevisível. Foges dos meus braços e eu fraco Não te sustenho. És corrente, és onda, És maré, És torrente soprada pelo vento em todas as direções. Só posso largar, desistir, Também solto amarras E sujeito-me à vontade que não minha. Algum porto ou alguma praia me acolherá. JCS/2013
Abraço Corres para mim num abraço pronto E eu seguro-te ao Mundo. O teu sorriso, a tua alegria de viver, Me eleva, leva, alimenta… Entrego-me ao teu olhar Que me não julga; Entrego-me ao teu abraço, puro, verdadeiro que nunca acaba Entrego-me à tua cor; À flor que és E pétala sim, pétala sim Sem hesitações Resposta única, sincera e verdadeira. JCS/2013
Café Desperto com o cheiro do café, Pancada suave mas súbita, Que me traz de volta ao Mundo e multiplica o metabolismo dos meus sentidos Um a um, num despertar progressivo e cadente; olho, ouço, toco, Tudo agora é real e presente Pancada que me acorda; Pancada que me desassossega; Pancada que me recorda a tua ausência Quero novamente adormecer os meus sentidos, Percorrer o trilho, dormindo, Vazio do sentir Ausente dos sentidos, Ausente do sofrer. JCS/2013
A estátua Pego na tua mão e vou onde queres ir, em troca apenas te peço um sorriso, um lampejo de felicidade. Mostra-me o sorriso que vem da tua alma, Dá-me um esgar de alegria,   ou então desata o teu dilúvio de lágrimas;  contrai o rosto com a dor que sentes, pois O brilho da lágrima, a dor, tudo é vida.  Não te quero ausente  Não quero o arrepio do sopro gélido que vem do teu íntimo,  Luz, lampejo, sorriso, esgar, lágrima, gélido, triste... Quero ser acariciado pelo teu respirar quente e húmido  Mostra-te viva, mostra-te presente; mostrar que és mais do que uma massa de água prateada, pela qual os meus olhos percorrem com saudade; mostra que és mais do que uma nuvem disforme e ausente sobre a qual eu adivinho formas; Mostra que o teu coração bate como o meu e assim, vou contigo ao colo da tua vontade, Para onde me levas, é para onde vou,  é para onde sonhei sempr...
Reencontro Reencontro-me nos pedaços que tiraste de mim Peça a peça, monto-me a partir de ti Dos teus olhares, palavras e beijos, faço a minha história , Crio para sempre a minha memória, Os meus olhos, nos teus olhos, O meu corpo no teu corpo, Uno, indivisível, uma só massa E crio vida, uma flor, uma pétala… um conjunto de pétalas Palavras, beijos, olhares, Vejo-me a partir de ti, Beijos, olhares, palavras…um texto O meu texto… onde tu estás… onde eu estou Linha atrás de linha, sopro atrás de sopro, batida atrás de batida… E eu vivo, porque tu vives, porque o que é nosso vive e respira e beija e ama E os meus pedaços, estão todos lá, onde tu estás, onde nós estamos… Não mos tiraste, sempre foram teus e agora são nossos, para além de nós os dois… para além de mim, para além de ti. Beijos, palavras, olhares e mais beijos e mais palavras… Sem ver …apenas sentir! JCS/2013
Molhei os pés no rio  Molhei os pés no rio  E reguei a minha alma. Com o teu correr fiz-te Porto de partida, ponto de chegada O princípio e o fim O fim e o princípio, Onde eu começo e eu acabo; Onde eu sonho, onde eu deliro Onde eu me inspiro e finalmente me retiro. JCS/2013
Algures entre mim e ti... Passo a passo, vou e volto, num ir e vir, num conhecer e desconhecer, num eterno percurso algures traçado. Sigo a direito, sem recuos;inversamente venho, não protesto, não hesito; apenas sou isto-um pêndulo sem destino. Vou e volto, volto e vou; de cá para lá, de lá para cá,  contando o movimento perpétuo de cada regresso e de cada ida. Vou e não volto-não volto mais- ponto de repouso eterno, algures entre mim e ti... Jcs 3/2011