E o poema?
E o poema?
E o poema, desabafo?
Grito, confissão ou
pedido?
Mero diz por dizer, quem
sabe?
Nada sério ou
concreto, é certo!
Ou um derradeiro
decreto!
E o poema, súplica?
É para ti? Ou apenas
verbo de mim?
Palavras clamando
por outras,
Um grito escondido à
espreita,
Que ninguém
suspeita.
E o poema, enigma?
Palavras entrincheiradas
No socalco da linha
Onde, entre muros se
escondem
significados sombrios
e escuros.
E o poema, luz?
Que liberta da mais
cerrada treva
Que alenta e
desperta
Que acorda e que
rega
A planta que jaz
morta.
E o poema, trilho!
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