Eliminar o mofo

Eliminar o mofo

Sofrer é ver antes a inevitável
tempestade que nunca vai abrandar.
Sofrer é antever o trovão sem ver o raio
E nada ser capaz de fazer para o parar.
Sofrer é ver o mundo num regresso óbvio,
Catástrofe em tempo real…tão real…tão real.
Calem-me o gajo! Prendam-lhe as mãos,
Retirem-lhe a coroa e ceptro …
Afastem-lhe a mão dos botões.
Afastem-lhe a mão dos botões.
Com bolos se enganam os tolos
E todos gostam de bolos,
mesmo que feitos por tolos
Dá para pensar…
Dividir para reinar
Dá que pensar
Será assim tolo
Aquele que por tolo
Se faz passar?
Mesmo assim…
Afastem-lhe a mão dos botões
Enquanto penso para com os meus
Que a culpa é também toda minha
Que não me levantei,
Que não me importei
E que com o meu ar de superioridade
abri caminho ao bisonte albino.
Que na sua irracional esperteza
Na sua estupidez galante
Nos levará, de novo, a uma guerra errante.
Ainda há tempo!
Há que chamar alguém
Que lhe dê o antibiótico certo.
Por vezes penso,
Se em 33,
Pudesse fazê-lo ao de bigode no beiço
Não teria usado, nem que fosse uma colher
Mais uma vez!!! Não!
Já vi este filme
Há um cheiro a deja vu no ar!
É alegria dos artistas,
Fartos do equilibro que tolhe,
Precisam do mau da fita
Um lobo que tudo come.
Viva a poesia, agora que se lembra
Que é preciso resistir.
Eles, sejam lá quem forem, são sempre maus
Mi bom, tu mau
Argumentação de uma criança de dois…
…e não é que resulta?
Jcs/2017

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