O problema não és tu… sou eu…
O problema não és
tu… sou eu…
Chega uma altura em que há que por fim às relações que não desejamos
manter. A frase do título é uma daquelas desculpas usadas muitas vezes para
essas situações. Quando a usamos, sabemos que o queremos dizer é algo um pouco
diferente, mas no fundo tudo se resume à impossibilidade da relação continuar.
Passados três anos é caso para dizer à União de Freguesias (por uma questão de
espaço vou optar por não escrever aquele nome que nunca mais acaba!!?) que … o
problema não és tu cara União, o problema sou eu.
Sim, eu sou essa terra que nunca te assumiu, nunca te mostrou aos amigos,
nunca te escreveu. Aparecem umas siglas nos nossos documentos, mas são siglas
vazias sem corpo ou dimensão. Não te sinto minha, ou pelo menos sinto-te tão
minha como outra coisa qualquer que simplesmente não é minha. Acho que, na
verdade, nunca quis deixar a minha vida de terra solteira, detentora da sua
própria história e dona do seu próprio destino. Sinto mesmo que a nossa relação
se baseou num engano, que acabou por juntar de forma tosca aquilo que
funcionava bem em separado. Tu serás muito mais feliz se estiveres sozinha (notem
os leitores que aqui deixei outra frase famosa para “despachar” alguém de forma
elegante.)
No fundo, desde o início que andamos todos enganados, pois não tem sido
melhor, mais agradável nem sequer mais económico, pois apesar de juntos,
mantivemos todas as despesas que tínhamos em separado e ainda gastamos mais,
até porque abundam os nossos problemas de comunicação. Sinto-te ausente, longe
e incapaz de me dar a devida atenção pois tens muito trabalho a tratar de tudo
ao mesmo tempo. Por isso, já não dá mais! Até porque tu queres tornar-me numa
coisa que eu não sou e nunca serei.
Eu, Crestuma, informo a todos que a partir de hoje acabo a minha relação
com a União: não se trata de “dar um tempo”; é mesmo um adeus permanente a esta
má ideia. Claro que podemos continuar amigos; nada impede uma amizade
respeitosa entre nós, mas cada um de nós no seu espaço, na sua história.
Comecemos hoje a tratar da nossa separação: da minha parte os papéis já estão
assinados!
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