Muro

Muro

E o muro caiu, libertou, abriu,
E a pomba branca voou,
Para longe, lá no alto
Onde o nada se avista
Visão, miragem,
Olhos turvos,
Entontecidos pela luz do sol!
Liberdade, mera geografia,
“ -Até onde vão as tuas grades?”
Liberdade: faminta pelas ruas,
Descurada, ignorada,
E outros muros se ergueram,
Altos, muito altos!
Até onde o nada se avista.
E por isso nem os vejo!
“-Onde estão os meus muros?”
Nem sei sequer de que lado estou;
É preciso ver o muro,
dar-lhe com a cabeça;
MOSTREM O MURO
Temos de saber que o muro existe…
…para o derrubar!

11/2014
©João Cunha Silva

Comentários

Mensagens populares deste blogue

#Paris

(A)Mar