Rastos no ar

RASTO 1
-Mas ao menos...
-Nem mas, nem meio mas... Não quero ouvir mais sobre o assunto. - Palavra dela, rapidamente lei se tornava, não mais mencionei o assunto.
...
T sempre fora decidida, sem meias tintas, o caminho para ela era um- sempre em frente- característica esta que obviamente lhe trazia problemas. O caminho -sempre em frente- tinha sempre becos atrofiados e sem saida. Mas, com a mesma determinação que avançava, também recuava, sem reconhecer é claro. - Não foi má escolha, apenas... bem não interessa... em frente é o caminho.- E assim era.
RASTO 2
A resultado da investigação apontava para um homem branco, nos seus 30, entroncado que teria uma profissão de grande mobilidade. As manchetes dos jornais levantaram um alvoroço, e não era para menos, treze mortes em treze dias e em treze distritos diferentes. Teria de ser o mesmo assassínio, o MO era o mesmo, bem como o perfil das vítimas . Mulher, vinte e poucos anos, atraente, socialmente e profissionalmente activa, sem filhos, sem relações "duráveis".
Os media cada vez mais a pressionar, e inconscientemente se instalou um recolher obrigatório nos cinco distritos (ainda) não afectados.
Rasto 3
Nem precisava de sair de casa. Tudo vinha nas quinze polegadas daquele ecra e tudo era enviado ao subtil toque do rato. B cresceu no meio da internet. Esta foi a sua mãe, o seu pai, o seu irmão, a sua escola e os seus parceiros de aula, ou seja, o seu mundo.
Rasto 4
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